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Mostrando postagens de 2015

Eita 2015.

Então 2015 não foi tão doce como se esperava, na verdade ele teve um gosto diferente que até agora não sei distinguir, pareceu um pouco amargo e depois doce, ficou nessa mistura. 2015 foi “settle down”, depois de viver intensamente lá em cima chegou a hora de baixar e baixou de uma forma não esperada, mas que agora acima de tudo consigo ver que: necessário. Se eu pensar bem e espremer bem minhas memórias, não foi tão ruim como penso que foi. Posso começar que nesse ano eu consegui me graduar, arranjei um novo emprego e saí do antigo, além do que conheci uma pessoa incrível que eu não quero jamais que saia da minha vida, tive meu segundo encontro de almas – se assim posso dizer, porém tive meus momentos de insanidade misturado com ociosidade no qual meus pensamentos me sufocavam, meu corpo foi dominado por uma preguiça que eu nem sabia dizer, eu estava cansada, do que exatamente eu não sabia dizer. Sinceramente eu confesso que entrei o ano perdida, depois de um êxtase do que foram d

Loucura.

Sentei perto da minha janela e fumei. Traguei umas três vezes e soltava a fumaça devagar, pensava em você com força, e céus como eu sinto a sua falta. Há um tempo tenho pensado em escrever pra você ou só falar com você, e eu sei que me entendes quando quero dizer isso.  As coisas entre nós não estão ruins mas não estão boas, elas só estão, não sei bem dizer mas acho que, ao meu ver estamos fora de sintonia. Tu tá desse lado da sala e eu to do lado oposto, mas calma, sem cobrança ou qualquer do tipo, sem peso algum, sem brigas, sem nada. Eu sinto uma falta absurda de ti, acho que agora é um daqueles momentos em que me acostumo com a tua ausência e isso se torna presença de uma forma muito louca, entende? A ausência se torna presença, repetindo devagar pra ver se você entende. As vezes a falta é tanta que eu sinto tudo de uma vez, porém de uma forma triste e quase bonita, veja bem, quase, eu não sinto nada. Eu penso muito em você, mesmo, quero você venha me visitar, mas cansei de ped

Calmaria.

Eu estou com um daqueles sentimentos que sempre me trazem aqui, e que eu também chamo de necessidade: eu preciso escrever pra você. Mas não como se fosse desespero, mas só preciso escrever de certa forma. Toda vez que sinto isso eu me sinto mais próxima de você e isso me aquece o coração, me sinto calma.                                     Pois então, são tempos de calmaria, amor. Lembro que até uns meses atrás eu estava inserida num caos e estava com medo, agora me exigem calma e eu não estou com medo, mas diria receosa. Eu quase chego a achar engraçado, de alguma forma mirabolante eu penso que pode ser você, afinal sabemos o nosso trocadilho. Voltando, a calma está aparecendo de tudo que é lugar, não estou acostumada afinal, você sabe que eu adoro um caos, ou o meio termo das duas coisas. Eu estou achando um pouco estranho tanta calmaria assim, e acho que vai ser longa essa estadia, espero não enlouquecer se é que você me entende. Porém, apesar de todo o receio é algo necessár

Viciados.

“Robie: A vida nos da desafios, para ver do que nós somos feitos. Eu sou feito de whisky e drogas. Fiona: Mas você está limpo agora.  Robie: Até que eu não esteja.   Sou o pior tipo de viciado. Sou viciado nos perigos da vida. Fiona: Que são bebidas e drogas? Robie: Quando é bom, você ri e fode muito. O mundo é como um lampejo de promessas. E quando é ruim, não há como escapar. E você acha que se sentir sozinho vai fazer você parar, mas não faz.  Fiona: Mas saber que você machuca as pessoas não é pior?  Robie: Deveria ser, mas não, não é. Somos todos viciados, Fiona, tentando preencher o vazio. Alguns de nós só são melhores em esconder, certo?” Seriado, Shameless. Peguei esse trecho da conversa porque ela lembra muito eu e você. Somos viciados nos perigos da vida, mas eu ouso dizer que você bem mais que eu. É como se eu visse essas palavras saírem da sua boca, porque é tão você que eu não sei explicar. Toda vez que penso no laço que criamos eu levanto as mãos pro céu,

O som da tua risada.

Hoje eu sei exatamente por onde começar. Eu nunca pensei que te escreveria com tanta frequência do que nos últimos tempos, as vezes com raiva e outras cheia de amor e saudades. Hoje eu tenho mais que certeza que te escrevo com alívio, e definitivamente mais que amor, muito mais que amor, porque é bem melhor que isso. Então lá vai. Obrigado por ter atendido aos meus pedidos e ter aparecido e tu nem sabes a calma que se preenche no meu coração e alma, na vida toda em si. Amo tuas surpresas e você sabe exatamente como faze-las e me pegar de jeito, quase que bem no jeito literal. Eu nem preciso dizer o quanto me faz bem quando tu vem e como dizem por aí, se tu soubesses o bem das tuas cheganças você viria o tempo todo. Meu Deus perdoa as palavras clichês, mas eu não consigo encontrar outro jeito se não definir pelo menos um pouco assim. Fico feliz que toda aquela raiva que você estava antes foi embora e se descontraiu num sorriso e no som da tua risada que é mais que melodia pro meu

Drunk in love.

O meu dia não estava sendo um dos melhores e eu tinha leve impressão que ainda iria piorar, enquanto caminhava de volta para casa eu passei por uma banca e pelo relance dos meus olhos eu vi uma revista cujo na capa estava ele e ela, eu parei na frente da banca e puxei a mesma para ler abrindo onde me interessava, e enquanto lia eu sentia raiva e tristeza, e então uma declaração me chamou a atenção. Eu fiquei furiosa a ponto de quase amassar a revista, respirei fundo e coloquei de volta no lugar e fui embora e eu já nem conseguia conter as lágrimas insistiam em sair dos meus olhos. Meu choro não era de tristeza, mas sim de raiva, eu tremia por inteiro. Eu fui andando rapidamente tentando esquecer as imagens que tinha visto e a declaração que tinha lido naquela maldita revista. Maldita hora em que resolvi ler aquilo. Era nessas horas que tinha certeza que eu era uma filha da puta doente masoquista, eu podia ter evitado, podia ter ignorado mas não, eu tinha que fazer tudo ao contrário.

Faíscas.

Meu Deus eu preciso muito te escrever. Eu venho pensando numa porção de coisas pra te dizer, mas que quando chega na hora ou em suma presença se calam. Eu to com saudades ardidas demais, aquela ardência que antes era prazerosa passa a ser dolorosa ao ponto em que o desespero pede pra que tudo isso passe logo. É assim que eu to, desse jeito. S a u d a d e s. Assim, letras separadas e isoladas pra que você possa compreender, entende? Não que você seja incapaz de entender por si só, mas de uma forma que você veja a situação toda como ela é. Eu estava me guardando para escrever e eu sei que você entende quando digo isso, não preciso explicar. Tem uma série de coisas acumuladas para serem ditas, mas que se perdem de uma forma estranha... Espera. Eu to fugindo do propósito da carta, como sempre me perco em tudo que seja relacionado a você e por mais que eu diga que tu é o ponto de partida pra tudo, tu também é o ponto em que me perco, porém pra que você possa ver melhor te peço: Calma. 

Sangue quente.

Tem o certo e o errado e tem todo o resto. Relembrei o momento em que eu havia deixado seus irresistíveis lábios tocarem os meus e era exatamente e muito melhor do que eu esperava. Foi então que eu sabia que aquele era o meu fim. Olhei-me firme no espelho antes de ir ao seu encontro, saí depressa de casa e antes que eu me deixasse pensar, durante todo o caminho eu tentava me controlar, pensando que aquele era o meu momento no qual eu pensava que conseguia lidar com isso, podia muito bem seguir em frente, porém se era pra me entregar que fosse de uma vez. Cheguei até o seu apartamento. Eu podia escolher entre as escadas e o elevador, porém a minha pressa era tanta que escolhi ir pelas escadas, seu apartamento era no terceiro andar, subi com certa pressa e por isso quando cheguei em seu andar eu tentava conter minha respiração. Minha pele queimava, e para conter minha ansiedade antes de bater na porta eu respirei fundo e mordi meus lábios com força, franzindo meu cenho de dor. Não p

Só existe quando lembrado.

"Eu tive que ir embora mesmo querendo ficar." É a frase que vem a minha mente toda vez que penso em ti. E Deus sabe como eu não queria e evito pensar. Tu é uma das minhas lembranças mais gostosas e dolorosas, eu não sei exatamente como te classificar no meio dessa confusão. Eu confesso que durante esse meio tempo eu estava relativamente bem, porém certas vezes ainda com uma aflição que incomodava todo o meu ser. Tudo mudou então quando eu te reencontrei um dia desses e bem na época que em nos conhecemos, tão irônico que eu não pude deixar de rir no momento. Durante muito tempo eu andei um pouco aflita com medo de te ver, com medo da minha reação, medo mesmo do meu coração bater ao ponto de quase parar, de novo, e eu tenho que te falar que eu ainda to lidando com isso. Muitas vezes eu fui no lugar onde nos víamos, muitas vezes pra relembrar os momentos, as vezes pra provar que estava tudo bem, algumas tentando te encontrar e na maioria delas pra me confrontar. Por que de

Pedido.

"Please let me keep this memory, just this one." Eu to com sede da tua presença. Saudades enormes e gritantes dentro de mim.Eu não sei bem exatamente se eu tenho direito de estar aqui te escrevendo, estou receosa devido nossa atual situação. Venho te escrevendo contos, imaginando como seria ou como será as coisas mais lá pra frente, mas pra falar com você achei melhor escrever a velha e boa carta, uma carta mesmo. Eu não quero fazer de você refúgio, não mais, só quero que você me ouça como fazia antigamente, era tão bom e gostoso.  Os ares andam diferentes entre nós e por aqui, muitas coisas vem acontecendo ou não acontecendo pra falar a verdade. Vamos por partes, mas dessa vez sem cobranças. Estamos em tempos difíceis mas eu já recebi um recado que não é pra eu me desesperar, por que depois vai estar tudo bem, e eu sei que vai. Está difícil pra todo mundo e eu mais uma vez, não sei como lidar com toda essa dificuldade, eu vejo as coisas acontecerem, sei como elas

Uma carta um pouco maior.

Hoje é dia 10 de fevereiro, te escrevo por que necessito, te escrevo por que devo, te escrevo por que tu espera, te escrevo por que eu espero, apenas de te escrevo por que tenho que escrever. Essa carta vai ser incomum, talvez um pouco maior de todas as outras que já te escrevi algum dia, porque essa é ao contrário de todas, os papéis se inveteram. Eu tenho uma porção de coisas pra te falar, é dessas que a gente não sabe como serão ditas e nem ouvidas, eu tenho tanto pra te falar que você deve ficar um pouco mais. De todos esses anos, acho que no total sete, talvez cinco deles eu tenha te jogado uma culpa enorme por tudo, pela distância, pelos afastamentos, pelos medos, desistências, saudades e tudo mais. Eu tenho te culpado pela família, pelo seu outro amor e tantas coisas mais que eu e você sabemos. Há uns dias atrás você me crucificou por um hábito. Eu não preciso dizer que a raiva saiu pelos meus olhos e eu quis muito que por um momento que você simplesmente não existisse,

Vem pra casa.

Estava congelando la fora, mas a porta da varanda estava entreaberta. Antes que eu me aproximasse, peguei meu cigarro acendendo devagar, puxando o gosto amargo da nicotina até que chegasse aos meus pulmões, fechei os olhos. Eu estava apenas com sua camisa de botão, e o cabelo preso, e apesar de todo o frio isso não me incomodava, eu estava pensativa. Olha onde as coisas estavam indo parar, em toda minha vida eu nunca pensei que fosse ser assim, abri os olhos e olhei para além da varanda e eu podia avistar de longe a London Eye, bonita e grandiosa. O ipod tocava baixinho alguma música que não reconhecia no momento, fumei mais um pouco. Perdida em meus devaneios eu não ouvi ele se aproximar, sua voz firme me assustou:  - Eu pensei que você fosse parar. – E então ele olhou para o cigarro em minhas mãos. E eu virei rapidamente para ele acompanhando seu olhar e o fitei, mas logo depois me virei. - Eu vou, mas não agora. – Falei, já de costas.  - Olha pra mim, enquanto você fala co