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Do I wanna know?

Nos conhecíamos há treze anos, não nos víamos há sete anos. Tanta coisa aconteceu pra mim, tanta coisa aconteceu pra ele, que eu nunca vou entender de fato, porque tínhamos essa conexão. Bem, eu não chamo bem de conexão, mas sim, como ele mesmo me disse uma vez: apego ao passado. Gosto da lembrança que ele me deu, de um beijo tão gostoso que eu não tinha vontade de parar nunca, poderia ficar beijando-o por horas. Depois de um certo tempo e eu diria que depois de muitos anos entendi que ele era sim apaixonado por mim, que poderíamos sim ter vivido alguma coisa de fato, mas eu simplesmente não estava muito afim, na verdade eu me aproveitava muito quando ele vinha assim, gostava dele correndo atrás de mim, quando paro pensar me vem uma palavra na cabeça: sacana.  Too dumb to surrender.  Quando meu celular vibrou ao meio dos desvaneios sobre ele, me surpreendi e até mesmo sorri, acho que aquilo que jogar pro universo funciona as vezes. Era ele me chamando para ir ao seu encontro e novament
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Honey, there's no time.

Não pensei que viria aqui escrever para você, esse momento que é um desabafo carregado de frustração,  desejo reprimido de algo que nunca vai acontecer. Tudo que eu queria te dizer, eu disse de uma maneira singela e um tanto emocionada, tentando não transparecer o quanto eu queria apenas ter você por um breve momento, te sentir literalmente dentro de mim. Não posso e não devo, não é justo comigo e nem com terceiros. Eu quero tanto dizer que eu te quis muito, quis com todas as minhas forças do universo, quis sentir e desejei demais os teus lábios, tua atenção e você por inteiro, lembra? tola demais pra se render. Não sei porque você não fez algo antes, não adianta dizer que não sabia, uma vez que era tão claro meu desejo por você que chegava a ser patético. Você, agora está mexendo com meu ego machucado, logo que eu tenho sérios problemas em controlá-lo, logo eu que sou egoísta e só quero ser aclamada, por assim dizer. Sei que tu me deseja, sei que deseja meu corpo e é somente isso, mas

Quando vem a nostalgia

Hoje é um daqueles dias que a nostalgia veio forte e com saudades que não cabe em mim, bem no sentido literal da palavra. Ontem à noite para ser mais precisa foi quando o sentimento realmente veio, lembro que adormeci pensando em você, mas não sonhei – tive uma certa esperança que seria contigo, ainda tenho na maioria das vezes -, porém muito pelo ao contrário à noite foi um pouco agoniante, tanto que suei e nem sei ao menos o porquê. Hoje quando acordei o sentimento perdurou e perdura tanto que me trouxe aqui, o dia está ensolarado, mas não com aquele céu tão azul, mas ainda uma cor azulada com cinzenta se mistura, ainda assim lembro de você. Te colocando por dentro dos fatos, hoje não me encontro mais na Holanda, hoje voltei para o Brasil e para minha cidade natal que é Manaus, seria clichê dizer novamente que muita coisa mudou, mas não tenho para onde recorrer e mais do que nunca, é necessário te dizer: o mundo está de cabeça para baixo. Parece meu bem , que a vida imitou a arte e p

Goodbyes

  Fiquei meio relutante pra vir aqui, fiquei adiando o momento de olhar as fotos, de falar sobre tudo isso, mas deixo aqui aberto pra mim a primeira vez que jogos meus pensamentos em palavras pra falar, d e l a. O ciclo da Holanda se encerrou, do mesmo jeito que ele começou muito doido desde a hora de embarcar no aeroporto e com ele se fechando comigo às pressas adiantando minha volta pra casa. Foi tudo muito rápido de certa forma e pra ser sincera eu queria mesmo voltar pra cá, mas não sei se era pelo motivo certo.  Hoje, já passando duas semanas que eu to na minha casa - mesmo, que agora sei que é a casa deles - dos meus pais -, parei pra pensar no mundo paralelo que vivi e que vi, não queria nem ouvir algumas músicas porque eu sabia que ia me lembrar de muita coisa e com muita terapia e cuidado, eu vou moldando o que foi essa experiência pra mim. Já fui bombardeada com as perguntas: “como foi, como é lá, quais são os próximos planos, vai voltar, e adaptação como tá?”.. perguntas que

No matter how it ends, no matter how it starts

  Laren, Holanda, exatamente as 16:50 numa quinta-feira (09/01/2020) de inverno e chuvoso eu venho aqui, depois de quase dois anos sem escrever pra você e muita coisa mudou. Não sei como te chamar, usarei a expressão de carinho que tanto gosto: meu bem, a vida deu uma reviravolta nos últimos 10 anos eu diria, eu ousei pensar e dizer que esse amor tinha acabado, que tinha superado e que estava tudo bem e ainda está. Eu realizei muitos sonhos, eu mudei muito e o mundo também. Eu sei ou não o que me trás exatamente aqui, me perdoa a confusão e minhas palavras soltas, perdi o hábito de escrever e principalmente perdi o hábito de falar com você, não digo que é exatamente estranho estar aqui, mas também não é como antes e eu sei que não vai ser. Eu estou numa realidade paralela ou numa realidade temporária eu diria, porém eu estou exatamente onde deveria e quis tanto estar e eu sei disso quando eu olho pela janela agora, a garoa fina caindo e deixando a rua molhada, o vento forte que soa em

Too much

Eu observava o tempo nublado com suas nuvens claramente pinceladas de cinza, um cinza tão escuro que se você parasse para analisar até podia parecer bonito aos olhos, combinava não só com o céu mas com o meu humor ou sentimento atual. Eu iria falar que nos dias assim eu lembrava dele mas me dei conta que nos dias de calor, e as variadas cores no céu também me lembravam dele e de nós. Respirei fundo e me deixei levar pela música que tocava baixo no fundo, as coisas estão difíceis por aqui, eu e o Tom entramos numa fase que era tão difícil pra ele do que pra mim, o que me fez rir ao pensar que no começo de tudo eu achei que poderia aguentar.  Ri mais uma vez, uma risada baixa de desespero. Estava sozinha em casa, Amanda iria passar o final de semana fora fazendo uma pesquisa por causa do mestrado, eles graças aos céus não estavam nem na cidade, quem dirá no país, não lembro muito e também não queria saber.  Não lembro da última vez que nos vimos, talvez por que fora tão ruim que e

Depois da chuva.

E depois de um tempo aqui estamos pra escrever uma boa e velha carta, essa que a gente escreve dizendo coisas que as pessoas não dizem mais, por que seriam coisas que só se dizem por carta. Há tanto que eu gostaria de dizer que talvez (como sempre) saiam bagunçadas, tão bagunçadas quanto eu, quanto tu, quanto nós. O dia está calmo eu diria, um clima ameno depois uma chuva grossa, os passarinhos voam com cuidado, aqueles que se você não olhar direito tu quase nem vê, e com mais carinho ainda tu podes ouvir eles cantando ou algum som parecido com esse. Em dias assim eu queria um cigarro, mas uma das minhas resoluções de ano novo é parar de fumar, troquei a nicotina pela fumaça quente que sai da minha xícara de chá.  Eu sinto tua falta de forma tão imensa e intensa que tu se fez presente dessa vez, tu que eu jurei que havia se feito ausente, nos últimos segundos se fez tão vivo que eu tive que respirar fundo pra assimilar o tempo todo que você esteve e estará aqui. Uma saudade gost